sábado, 13 de março de 2010

Como o Che!


De vez em quando eu gostaria de voltar ao jardim de infância. Naquele tempo que podíamos até não conhecer as outras crianças, mas, mesmo assim, cinco minutos depois já estávamos brincando com elas como se fôssemos melhores amigos há muito tempo. Isso porque éramos o que queríamos ser e pronto. À medida que a gente vai crescendo, vai se decepcionando e enxergando um lado da vida que não conhecíamos antes. Lado obscuro, lado mal, que eu preferia não ter visto. A partir daí nossos dias se enchem de uma eterna monotonia e melancolia inigualáveis. Tudo perde a cor. Aquele amor e alegria que a gente tinha no peito vão se apertando cada vez mais até não sobrar quase nada. Tudo em que acreditávamos antes vira infantilidade e perda de tempo. É nesse momento que me vem uma nostalgia e enjôo imensos ao pensar que um dia eu posso chegar a ficar assim.

Mas há! Eu tenho uma carta na manga. Há um tempo atrás, ela seria colocar as coisas que eu mais gostasse numa caixa, decorá-la com o máximo de frases otimistas do tipo "Nunca se esqueça de ser criança" e "Nunca se esqueça de quem você é por dentro" com a maior gama de canetinhas coloridas que eu pudesse juntar, e depois enterrar tudo até o dia que eu achasse que eu precisava relembrar tudo. É, eu gostava daquele filme da Britney Spears. Mas, agora eu vejo que talvez isso não funcione muito, afinal de contas serão só palavras. E apesar de palavras terem muito poder também, nesse caso elas não seriam muito adequadas. Então vamos partir pra ação.

O plano seria uma rota de viagem. Destino? O mundo. Talvez eu vá até o deserto de Atacama, no Chile; até as pirâmides do Egito (se elas ainda existirem); até uma ilha vulcânica; até o Canadá, China, Holanda, Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, Coréia do Sul e do Norte, Japão, Austrália, Argentina, Angola, África do Sul, México e todo o resto. Talvez eu até estude antes pra saber o que fazer nesses lugares. Exatamente como Che Guevara, O Che. Eu quero é me esbaldar, conhecer lugares e pessoas novas, correr e gritar o mais alto que eu puder, ajudar quem eu conseguir ajudar, ser quem eu quiser ser. E bem, eu posso até não fazer diferença nenhuma onde eu for e posso nem chegar a ir a lugar nenhum, mas o plano está feito. E eu espero realmente que quando eu crescer não ache isso tão infantil. E se achar, tomara que eu seja como a Dercy Gonçalves, tirando a parte dos palavrões. Ou como a Hebe Camargo. Ou talvez até mesmo como a minha doce avózinha que é muito mais viva e antenada que muitos quarentões e quarentonas por aí. Porque a monotonia e melancolia da vida adulta, esses eu não quero não!


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Hi people! Desculpem a demora pra postar, andei meio ocupada por esses dias. Sabem como é, primeiro ano do ensino médio não é mole não, hahaha. Mas enfim, tá aí mais um texto. Espero que gostem. E por favor, não saiam sem comentar, combinado? Beeeijos.

ps: Sim, o layout está mudado. De novo.

terça-feira, 9 de março de 2010

Antoine de Saint-Exupéry, muito obrigada.


"E a raposa disse: - Tu não és ainda pra mim senão um garoto inteiramente igual a cem outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim único no mundo. E eu serei pra ti única no mundo...Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo pra mim não vale nada. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então, será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo." - O pequeno Príncipe

' E isso é que é amor! Existe explicação melhor que essa?